quinta-feira, 11 de julho de 2013

CASTELNUOVO DI GARFAGNANA

De Montalcino fomos em direção à Montepulciano, passando por Pienza, por um caminho diferente daquele que já mostrei para vocês, mas que vou postar depois pois perdi algumas fotos que farei novamente na nossa viagem que faremos no final do mês. De Montepulciano fomos direto à Castelnuovo di Garfagnana, que fica na província de Lucca e tirando alguns erros de estrada que são normais por aqui, chegamos por volta das 20:30 horas ainda com céu claro. Mas como todos turistas metidos que somos, pois achamos que dominamos tudo, saímos à procura do Hotel La Lanterna, que não estava acesa e demoramos mais ou menos 1 hora para achá-lo. Não por nossa culpa, mas porque uns ensinavam por aqui; outros por ali e a gente rodando de um lado para outro. Encurtando a história achamos o hotel, que ficava em uma piccola cidade ao lado, Pieve Fosciana, onde tinha um belo restaurante, e comi um Talharim à Limone, especialidade da casa, que achei uma delícia. É muito simples de fazer: bata num liquidificador creme de leite com um pouco de limão siciliano, não pode ser tahiti, queijo parmeggiano reggiano e peito de frango grelhado e despeje no talharim ao ponto. Fácil e uma delícia. E fomos dormir, o sono dos justos, pois andamos das 8:00 horas às 22:00 e já não temos mais o pique dos 20 anos. Acordamos e após o café saímos em direção à Silicano, outro paese vicino, onde o José nosso primo, tem um cunhado que tem parente lá,e precisava fazer uma visita à eles.
Depois de uma estradinha muito bonita que mostro algumas fotos para vocês
Chegamos à casa do Sr. Afonso. Pensei com meus botões o que estou fazendo na Itália visitando gente que nem conheço? A primeira impressão é que a porta estava fechada mas com a chave para o lado de fora, acho que só chega ali quem mora ali. Me enganei pois todas elas estavam do mesmo jeito e quando perguntamos por que,nos disseram que era esquecimento mesmo. Não achando ninguém, fomos até o armazém, só tem um, que por sinal é do Sr Afonso, pois é,tudo é dele por aqui. No armazém estava sua nora, que logo o chamou pelo telefone,e veio imediatamente.Quando entramos na casa nos levaram para uma varanda,vejam a vista
E começaram a servir, queijo, presunto cru, salame, azeitona, cipollina, funghi curtido durante dois anos em azeite de oliva,azeitonas, linguiça crua e pão, tudo feito em casa e uma delícia. Tudo regado a um bom vinho branco e tinto também de produção própria. Como gosto muito de tudo isso, pensei comigo mesmo, que seria impossível não estar ali naquela hora. Tudo muito gostoso e para terminar uma grapa como digestivo, para os homens e um licor de frutas do bosque e grapa para as mulheres. Não comeria nunca aquilo em qualquer bom restaurante onde fosse. Respondi para vocês a pergunta que formulei para mim mesmo...e estou com vontade de voltar lá outra vez... Saímos dali e fomos fechar a conta no Hotel La Lanterna para passarmos para um outro hotel também em Pieve Fosciana o Hotel Belvedere. Vejam as fotos dele que fica no alto de uma montanha, com visão esplendida do vale com as montanhas de mármore que estão entre Castelnuono di Garfagnana e Massa e Carrara. Pensam que o dia acabou aí, ele só estava começando e depois de deixar as malas fomos encontrar com Sergio e Grazia, que é prima do José. Como dois avós corujas, como dizemos no Brasil, fomos com eles à casa de sua filha Elodi e Federico, ver a graça de sua neta Irene. Como boa casa de italiano nos receberam com espumante e algumas guloseimas, isso porque estávamos em uma hora entre almoço e café da tarde. Nos chamou a atenção uma barraca armada no jardim da casa deles que, informaram ter sido usada para que Elodi e sua filha dormissem por causa de uns terremotos que estavam assolando a região, mas que não provocou dano nenhum somente medo, ou paura como dizem aqui. Fomos ao hotel tomar um banho para irmos jantar na casa do Sergio e da Grazia que fica em Riana uma cidadezinha de 80 habitantes, incrustada nas montanhas e cercada de matas por todos os lados. A casa,como a cidade,é pequena, mas de cinema, como podem ver pelas ruas,a sua fachada e detalhe da jardineira.
Sergio é um pintor que há pouco fez uma exposição no Jóquei Club de São Paulo. Sua casa é toda decorada por seus quadros que realmente são muito bonitos. Fomos recebidos com um aperitivo preparado por eles e nos sentamos após os tradicionais tim-tins, nos serviram, com direito a repetição um macarrone al ragu, muito bom, tudo regado ao vinho tinto para primo brasileiro. Já esperávamos pela sobremesa,quando Grazia apareceu com um suflê de legumes maravilhoso, polenta assada com carne de cinghiale coberta com queijo em cima e tomates coberto com pesto. Pensam que acabou? Não ai trouxeram uma travessa de embutidos regionais que fomos "obrigados" a provar de cada um para não fazer desfeita aos nossos anfitriões. Vejam as fotos
Bem agora vamos ao café, que nada...ainda tinha uma torta de abacaxi com creme mascarpone, verdadeiramente dos deuses.e um bolo de tradição familiar. Não sabia como conseguiam comer tanto. Agora sei, por que tudo é delicioso. Nos despedimos de Sergio e Grazia, dizendo da nossa satisfação em poder saborear tudo e em boa companhia. Hoje mudamos um pouco o nosso jeito de escrever o blog pois acreditamos que dificilmente teremos oportunidade de passar dias tão agradáveis como passamos em Castelnuovo di Garfagnana. Amanhã contarei nossa excursão gastronômica à São Pelegrino de novo em companhia de Sergio e Grazia. Até amanhã.

3 comentários:

  1. Nossa!!! Adorei os relatos!!!
    Que lugar lindo!!! Especialmente as ruas e casas de pedras!!!
    E os pratos de comida, hein?! Deviam estar deliciosos!!!
    Beijos

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  2. Só o caminho até a casa já me faz delirar !!! Tudo isso tem a minha cara !!!!! Bjssss.

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  3. Belas Fotos!!! Me trouxeram à lembrança os agradáveis momentos que passei com Sergio e Grazia, em sua propriedade, há dois anos atrás, quando lá estive com Denise e José Angelo.
    Pena que não conheci o sr. Affonso e seu piccolo paese...espero ter um dia essa oportunidade de conhecê-lo e apreciar sua boa mesa! Bacione a tutti quanti.

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